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Apesar da crise, marcas aumentam investimentos em festivais de música

Os festivais de música têm os patrocinadores como importante fonte de faturamento. Apesar da crise economia brasileira, as marcas que enxergam sentido nesse suporte fortalecem seus investimentos. O Rock in Rio, que se inicia dia 27 de setembro, tem um crescimento estimado de faturamento com patrocinadores em 30%, quando comparado a última edição local, em 2017.

Entre os itens licenciados do festival há uma taxa de renovação de marcas em 70%. A estimativa de receita é em torno de 30 milhões de reais a partir da comercialização 700 produtos no varejo. “Na Cidade do Rock, as marcas possuem uma inteiração com um público ao longo dos sete dias de evento. As pessoas querem receber os brindes e conhecer as ativações. Isso é uma relação de parceria”, diz Rodolfo Medina, vice-presidente de marketing do Rock in Rio e presidente do Grupo Artplan.

O desafio das marcas num festival que espera receber 700 000 pessoas é conseguir engajar. A marca de snakcs Doritos, por exemplo, levará a diversidade como tema, com o Doritos Rainbow e a Guitarra da Diversidade, instrumento personalizado com a identidade visual da marca a ser tocado por Andreas Kisser, do Sepultura.

A diversidade também é tema da campanha do Itaú, patrocinador master do Rock in Rio. O filme mostra que a música pode ser uma ferramenta muito eficaz para transformar a vida das pessoas, ao fazer com que elas estejam abertas para o diferente, independente da origem, gênero, idade, religião e opiniões.

A Sony, pela primeira vez, com a marca Filtr patrociná um palco com 35 artistas da música nacional. “O Rock in Rio tem como desafio a cada ano superar as expectativas e elevar o nível de experiência do público. E as marcas são parte fundamental disso”, afirma Rodolfo Medina.

Uma recente pesquisa da startup FLOW Creative Core em parceria com o pesquisador Derek Derzevic (USA) com 500 jovens de 14 cidades brasileiras revelou que 46% dos entrevistados acham interessante o posicionamento e investimento das empresas com música. “Para as marcas, além de ser um bom investimento, a música é uma forma de se comunicar mais profundamente com o consumidor”, diz Juliana Laguna, co-fundadora da FLOW Creative Core.

Uma marca que encontrou no patrocínio de música um público relevante é a TNT Energy Drink. Em 2019, a TNT tem participação em 160 eventos ao ampliar a cobertura de regiões para além da sudeste. “Para o próximo ano temos alguns planos de expansão para regiões que são extremamente importantes para o consumo de bebidas energéticas no Brasil”, diz Eliana Cassandre, gerente de propaganda da TNT Energy Drink e Itaipava.

Além da TNT, outra marca do Grupo Petrópolis, a Itaipava investe em novidades no segmento. Neste ano, pela primeira vez, ela é responsável pelo festival de Som ao Sol em São Paulo, que traz à cidade alguns dos artistas que se apresentam no Rock in Rio, como Nickelback, Weezer e Black Eyed Peas.

O fortalecimento das marcas aos festivais de música independe do tamanho do evento. Um exemplo é o Oxigênio Festival, em São Paulo, que ocorreu entre os dias 13 e 15 de setembro com 39 artistas e 6 mil pessoas entre o público. Com edição anual desde 2015, o Oxigênio tem entre os patrocinadores de bebidas as marcas Monster, Budweiser, Goose Island e Jack Daniel’s.

Atualmente as marcas representam 40% do faturamento do evento. As demais receitas são de ingresso e bar. E não é à toa. Desde a última edição, o patrocínio em bebidas aumentou em 20% e dos outros segmentos em 12%. “As marcas aumentam o valor do patrocínio ao entender a identificação do público com o evento e, consequentemente, com seus parceiros”, diz Rafael Piu, fundador do Oxigênio.

Fonte: Exame

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