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Mercado de streaming cresce e se torna alvo das marcas

Já se foi o tempo em que o streaming era apenas uma possibilidade. Hoje, é uma essencial realidade. Tanto que o mercado, já aquecido, promete um 2020 ainda melhor. Com a chegada de gigantes como Disney+, Apple TV+ e HBO Max, a disputa vai ser acirrada. E neste poderoso time ainda tem a Globo, que vem apostando todas as suas fichas na própria plataforma de streaming, a Globoplay. Somente de investimento, a Vênus Platinada vai investir R$ 1 bilhão, tanto na programação quanto na estrutura da plataforma, segundo divulgou a emissora.

Portanto, não é somente o mercado do entretenimento que vem apostando no streaming. Cada vez mais as marcas olham de outra maneira para o ao vivo. E o motivo é simples: é ali que estão seus consumidores, de olhos vidrados, sem desviar a atenção de seus celulares e tablets. Segundo dados recentes divulgados pela empresa Livestream, 81% dos internautas preferem assistir a um vídeo ao vivo de uma marca a ler um blog, enquanto 82% preferem vídeos ao vivo de uma marca aos posts em redes sociais. E tem mais: segundo a 20ª Pesquisa Global de Entretenimento e Mídia, conduzida pela PwC do Brasil, os novos hábitos do consumidor mundial também mudaram. É um consumidor mais ansioso, altamente seletivo e voraz, que ainda exige experiências especialmente adaptadas às próprias preferências, contextos e horários. Este consumidor usa uma grande variedade de dispositivos conectados para descobrir e criar seu próprio universo único de mídia, tornando a tecnologia streaming o novo paradigma da indústria audiovisual.

Diante da nova realidade, a publicidade não está desaparecendo. Em vez disso, evolui para mais se firmar como marketing na internet - direcionado a grupos ou indivíduos específicos. As transmissões ao vivo, as chamadas lives, possibilitam a entrada de empresas e profissionais de marketing menores para a TV via internet, executando serviços no formato "over-the-top" (OTT), sem os grandes orçamentos necessários para a transmissão numa TV aberta, mas com o padrão de um grande canal, com edição gráfica, créditos e legendas na tela, comerciais e demais recursos.

O que eleva o X da questão, além do menor custo, se comparado às principais emissoras nacionais e internacionais, é que o ao vivo na internet ajuda a gerar um público com novos interesses em formatos e programas. Assim, algumas marcas são exemplos claros de que somente o streaming é capaz de alcançar números cada vez mais expressivos.

A LATAM tem direcionado sua verba de marketing para o ao vivo. Na véspera da Black Friday, a companhia aérea realizou uma live especial em sua página no Facebook. O resultado: comandado pelo apresentador Otaviano Costa e outros influenciadores digitais, o vídeo em tempo real alcançou mais de 227 mil visualizações e 120 mil comentários.

E não são apenas grandes marcas que aderiram ao streaming. Muitos são os segmentos que perceberam que o recurso é democrático. Tenho visto muitos artistas exibindo seus shows ao vivo, médicos em congressos, escolinhas e clubes esportivos mostrando seus campeonatos e lojas de pequeno porte fazendo promoções ao vivo. E tudo isso ficou bem mais fácil pelo fato de poder ser transmitido pelas redes sociais: seja pelo IGTV, a TV do Instagram, o Watch Party, do Facebook, e o próprio canal do YouTube.

O diferencial está em realmente fazer uma transmissão profissional, com mais de uma câmera, direção de corte, intervalo comercial, legendas, comentários na tela, apresentação/reportagem local (só para citar alguns recursos), e com a facilidade de não pagar para exibir e/ou se exibir as cifras astronômicas da TV aberta e dos canais por assinatura. O tal do ao vivo só reforça a democracia existente nas redes sociais, onde ricos e pobres podem, igualmente, ter uma "televisão" para chamar de sua.

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